O fanzine foi um dos mais expressivos meios da comunicação alternativa do final do século passado. Na década de 90, espécie de apogeu dos zines, eles se aperfeiçoaram e encontraram uma enorme diversidade textual e gráfica. Um canal aberto para textos insurgentes, bandas alternativas, poemas, HQs, posicionamento social e político, e que preenchiam a necessidade de informação com uma linguagem mais próxima aos anseios juvenis.
Distante da facilidade encontrada pela nova geração (entre os links da internet), a produção de um fanzine carecia de tempo, criatividade, e muita, muita força de vontade. O sentido de globalização na era dos fanzines atendia uma conotação menos prática que a atual, o serviço postal que o diga. Com isso, o envio de um release ou produção de uma entrevista podia levar um bom tempo de acordo com a geografia das partes. Imaginem o Dever de Casa (postagem de entrevista desse blog) com uma banda de uma localidade distante, via ECT.
Hoje em dia, com o advento dos e-zines, blogs e redes sociais, os tradicionais micro-impressos perderam seu espaço físico (apesar de vez ou outra, alguém se atrever a fazê-lo), no entanto, para quem vivenciou a anarquia contida naquelas páginas xerocadas, aquela sensação de autonomia não será esquecida jamais.
Dedicado aos fanzines locais: Visão Geral, Prazer Atômico, Criolo Doido, Esperança, Projeto Ducontra, e etc.
Belíssimo documentário concebido pelo zineiro Márcio Sno. Assista e Zine-se!
Fanzineiros do Século Passado
Dedicado aos fanzines locais: Visão Geral, Prazer Atômico, Criolo Doido, Esperança, Projeto Ducontra, e etc.
Belíssimo documentário concebido pelo zineiro Márcio Sno. Assista e Zine-se!
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