O roqueiro soteropolitano parece finalmente estar sintonizado com o mecanismo carnavalesco. Isso, por enxergamos esse fenômeno festivo como uma oportunidade para as pessoas serem o que geralmente não são, mas gostariam de ser.
Sempre associado à liberdade, o público rocker vem sofrendo significativas mudanças no quesito ideologia. Parece estar tão ocupado com a vida social e suas prisões, que só consegue tornar-se liberto nos dias de Carnaval. Durante todo o ano, shows alternativos são produzidos na cidade, com bandas locais, nacionais e até gringas, e o que se vê, ou pior, o que não se vê é o público (com exceção de bandas midiáticas).
Mas no Carnaval é diferente. A maior evento local, o Palco do Rock, revela um público que não atua durante o decorrer do ano. Parte das pessoas que lotam o coqueiral de Piatã parecem que, pelo fato de estarem distantes dos shows de rock na cidade (repito, eles acontecem), elegem o espaço como um centro de auto-exorcismo, com direito a brigas gratuitas e demais bobeiras. Infelizmente, isso acaba transparecendo uma espécie de alegoria carnavalesca, aquela que é retirada do armário uma vez por ano.
Dessa forma, na quarta-feira de cinzas, em uma apuração imaginária, os votos da escola de samba dos Roqueiros Atuais seriam avaliados assim:
Alegoria, dez!
Atitude, zero!
E, chora cavaco.
Infelizmente Nossa Cidade está vivendo esse Vestígio de Cenário "Rocker"!
ResponderExcluirO que vemos são pessoas que estão mais preocupadas com sua camisa de banda e mostrar que o seu testículo é maior que os dos outros!!!
Fazemos rock o ano!!!
Mas infelizmente o Público "Rocker" (não generalizando) de Salvador está preocupado em mostrar suas roupas novas de metaleiro e sua camisa de banda!!!
Alegoria 10!
Atitude 0!