sábado, 26 de novembro de 2011

DEVER DE CASA: Sbórnia Social

Sbórnia Social ( Lenon, Rafael e Marília)
A Sbórnia Social foi formada há pouco tempo, mas já nasce com status de banda conhecida do público hardcore de Salvador. Isso, pelo fato do grupo ser uma renovação da extinta Alienados do Subúrbio, que já corria os quatro cantos da cidade representando a suburbana, desde 2006.  O Ecos da Periferia aproveitou para fazer uma entrevista com Rafael (guitarra e voz), Lenon (bateria e voz) e Marília (baixo), no melhor estilo Dever de Casa. Neste papo, a banda que debocha com a esbórnia da sociedade fala sobre a cena local, projetos, atitude, entre outras coisas.

Ecos da Periferia - Qual a proposta da Sbórnia Social? 

Rafael - Além do protesto e das críticas sociais, o objetivo é fazer com que o indivíduo pare pra pensar um pouco mais, e que tenha uma consciência ecológica e uma responsabilidade social. Falamos ainda sobre a alienação e a manipulação das massas, tentando abrir os olhos das mesmas.

EDP - A Sbórnia Social surgiu com o fim da banda Alienados do Subúrbio, que era uma dupla na última formação. Quais os motivos que impulsionaram as mudanças no nome e na formação?  

Rafael - Desde a saída de Hélder (baixista) nós procuramos por um substituto e não conseguíamos. Algumas apresentações apareceram e tocamos assim mesmo, porém o objetivo era colocar o baixo, pois nas composições estava sempre presente numa introdução, numa batida de baixo e bateria, entre outras. Sobre o nome da banda, a Alienados já tinha passado por várias mudanças e algumas pessoas quando ouviam falar da banda já sabiam que era uma dupla tocando hardcore. Quando Marília aceitou tocar com a gente voltamos a uma formação "convencional", aí deu um novo gás, uma nova motivação. Resolvemos mudar o nome a partir dessa nova cara, que por enquanto não é algo tão novo, mas já tem suas influências e novos pensamentos.

EDP - Quais as maiores dificuldades em fazer música alternativa em Salvador? 

Rafael - Poucos espaços, consequentemente poucos eventos. Um público cada vez menor e a falta de união entre as bandas, nesse caso muitos querem ser prestigiados mas não querem prestigiar.
Lenon - Rapaz, fazer hardcore em Salvador  está mais difícil que fazer qualquer outro estilo de som oriundo do rock.  Porque parece que o público do hardcore ou tá ficando velho ou estão presos. Os sons estão cada vez mais vazios, e isso termina que as bandas ficam meio desmotivadas e tem muita banda ai que acaba por esses e por outros motivos.

Sbórnia Social no Tributo ao Cólera
EDP - Como avaliam as movimentações sonoras e ideológicas que vem acontecendo atualmente na cidade?

Lenon - Tá foda. Tem sons que nós vamos, que parece que só trocaram os integrantes das bandas, o som continua o mesmo. E a galera está meio tímida, mais quieta ideologicamente, tá revolução de internet. Muita gente que só faz cobrar nas redes sociais, mas na hora H, cadê? A verdade é que as bandas de Salvador estão fazendo o movimento.

EDP - Contem-nos um pouco sobre a relação dos integrantes da banda com outras ações alternativas como vegetarianismo, semi-vegetarianismo e esportes radicais, por exemplo?

Lenon - O vegetarianismo foi uma escolha individual de cada integrante por conta de algumas questões particulares, nada sob influência. Já o lance de esportes, nós já praticávamos há um tempo, eu e Rafael já andávamos de skate e skimboard, só começamos a unir as coisas a nossa música.

Rafael - A questão é que hoje eu não me alimento mais de carne vermelha e nem de frango, mas continuo comendo peixe, ovos e leite de vaca, porém com uma menor frequência. Acredito na questão do vegetarianismo como uma maneira mais saudável de alimentação e muito importante contra a exploração animal e na questão do desmatamento ilegal, onde muitas empresas estão atuando sem preocupação com o meio ambiente.

EDP - (Para Marília) Como está sendo o processo de adaptação com os caras num som tão rápido? Já que na Última Quimera, sua antiga banda, o som era mais cadenciado.

Marília - Pra mim está sendo ótimo, porque eu sempre gostei de hardcore. A Última Quimera tinha uma pegada mesclada com o hc também, mas não era tão rápida quanto a Sbórnia Social. O processo de adaptação não me atrapalhou em nada, porque eu já tinha uma pegada rápida só tive que tocar bem mais rápido do que eu tocava, então pra mim está tudo maravilhoso.
Sbórnia Social em Simões Filho
EDP - Quais as bandas que estão ouvindo atualmente?

Marília - Presto?, Ponto de Equilíbrio, Dominatrix, Nucleador, Negative Control, Elastic Death, Musica Diablo…

Rafael - Nucleador, Chico Science & Nação Zumbi, Planet Hemp, Ponto de equilíbrio e Mato Seco.

Lenon - Muito Hardcore Crossover e muito Thrash, uns sons mais pesados com a pegada rápida tipo: Slayer, Claustrofobia, RHD, Ação Direta, Musica Diablo, Atroz, Bezerra da Silva, Xico Xavier, Common Enemy, Dead Radical, XbrainiaX, Vitaminx, Dropdead, Dr. Living Dead, F.D.S, Fokismo, Jello Viagra, Skazi, Uzômi, Ratos de Porão, LxExAxExRxN, Magrudergrind, Migra Violenta, Municipal Waste, Nucleador e por aí vai…

EDP - Quais os planos para o futuro, inclusive em termos de material novo?

Rafael - Continuar ensaiando, fazer algumas apresentações, no próximo ano gravar um material de qualidade para divulgação.

Lenon - Penso em gravar um CD Demo pra começar a divulgar o nosso trabalho. E dessa demo vai sair um clipe, agora, um clipe de verdade.

EDP - Gostaria da agradecer a participação da banda nesse 1º Dever de Casa. Gostariam de deixar alguma mensagem final?

Rafael - Gostaria de agradecer por esse espaço de divulgação, agradecer as pessoas e os amigos que estão nos acompanhando nos shows, no orkut, comunidade, vídeos e etc... Falar para a galera que se possível, ouçam músicas, independente de estilo, que realmente tenham conteúdo e falem algo interessante, leiam bons livros e assistam programas que lhes concedam mais conhecimento. Nunca deseje para seu próximo aquilo que não deseja para sí mesmo. Respeito sempre.

Marília - Vá em frente sempre e nunca espere por alguém, porque você e capaz de tudo. Seja feliz do jeito que você é, não importa o que os outros pensam ou acham de você, simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.

Lenon - Quero agradecer a você Billy, pelo espaço mais uma vez e por sempre estar nos incentivando. E a todos os amigos que nos ajudam de alguma forma. Valeu!

Comunidade no Orkut

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Retorno ao Fim - Início de uma nova tendência

Com a proposta de fundir o Metal moderno com elementos do Hardcore, a banda Retorno ao Fim iniciou seus trabalhos em 2010, mesclando peso e melodia em proporção limite, com vocais screamo guturais bem encaixados.
Em dezembro de 2010, lançaram o EP Início, Meio e Fim, com 5 faixas, obtendo boa aceitação e criando um público cativo em suas apresentações.
As letras retratam suas interpretações sobre o cotidiano e o comportamento humano em seus diversos aspectos.

Os integrantes também compõem grupos como Digito Zero e Conflito Eminente, que assim como a R.A.F. fazem parte de uma nova tendência do rock em Salvador.

Retorno ao Fim é: César : Vocal / Juninho: Baixo / Ismar: Guitarra / João: Bateria