terça-feira, 7 de agosto de 2012

IMPRESSÕES SOBRE: Respire Seu Próprio Veneno


Sábado - 04 de agosto. Seguindo pelas estradas do CIA, rumo a Simões Filho, num fim de tarde nublado como um sentimento reprimido que só receberia alívio com uma forte chuva, ou com gritos e acordes de fúria. O destino era a Associação de Moradores da Pitanguinha Nova, local do som, com as bandas: Expurgado, M.D.C., Egrégora, Sbórnia Social e Devouring.


Chegando ao espaço, a Expurgado já recepcionava o público com seu grindcore destruidor. Formada por figuras conhecidas como Maldito (Rancor) e Tovar (Bosta Rala (rip), Into the Corpse), a banda fez um set comprimido por conta do novo baixista que ainda não tinha o repertório completo na ponta dos dedos. Músicas ultra-rápidas e o vocal gutural de Maldito marcaram a apresentação desta experiente banda.


Já era início de noite quando a M.D.C. iniciava sua sessão de sons no estilo velocidade da luz. Seguindo a linha grind da banda anterior, esses verdadeiros mensageiros do caos foram os primeiros a assanhar o público com um desempenho vigoroso, principalmente o vocalista Caio que ganhou de brinde uns arranhões na performance cantar e rolar no chão. Já tinha ouvido bons comentários sobre os caras, mas vê-los ao vivo mostrou que o estilo grindcore possui competentes representantes em nossa cena.


Encerrada a primeira etapa composta por petardos moedores, era chegada à hora da banda Egrégora dar a voz. O grupo uniu velocidade e cadencia, além de uma energia típica das melhores bandas deste estilo. O instrumental muito bem executado servia como pano de fundo para o vocal intenso da Carol. Infelizmente na apresentação da Egrégora o publico estava meio disperso. Mesmo assim, a energia apresentada da banda foi mais que suficiente para transmitir boas vibrações.


Eis que esse malaco véio que os escreve tem mais uma vez a alcunha de resenhar algo sobre a Sbónia Social. Como havia dito pro Rafael (guitarra e vocal), já me sinto suspeito para tal tarefa. Isso, porque acompanho a banda desde o início e vejo-os evoluir a cada dia. De cara, foi à banda que mais agitou o público, o que mostra que o hardcore da velha escola não está tão degradado assim. Destaque para a inclusão de Marília nos vocais, que era uma reivindicação antiga da galera. Fizeram covers do DRI, Vitamin X e Ratos de Porão – este no bis. A apresentação da Sbórnia foi resumida no fim da última microfonia, que teve o silêncio quebrado por uma garota no público que largou um espontâneo “arrasou!”.


A última atração do evento foi Devouring, um power-trio death metal bastante competente. A banda chegou ao evento com a moral de ter aberto o recente show da banda paulistana Claustrofobia, em Salvador. Som bem entrosado com um ótimo vocal gutural, pena que a quantidade de fãs deste estilo não estivesse em maior volume (nem o fato de ser a única banda local do evento ajudou), o que rendeu uma apresentação para simples apreciação dos poucos que resistiam no espaço. 

Antes do término da apresentação da Devouring foi a hora de ir embora, já que em Simões Filho, ou volta de carro ou a carruagem virá o derradeiro buzu das 21h. Então, já fui banda mel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário