05 de agosto – Domingo ensolarado no subúrbio da capital baiana, e enquanto todo cidadão de bem estava aproveitando sua folga lá pelas praias de Tubarão e São Tomé, ou no cabaré de Orlando, o bando da Quem é Doido? propunha uma diferente opção. O aguardado Subúrbio Hardcore Attack, que apostou em uma divulgação ousada, tornara-se enfim uma realidade. De cara, confesso que fiquei surpreso com o local do som, discreto até para os transeuntes (como eu) da Avenida Afrânio Peixoto, a popular suburbana. Era como se aquele portão e a curta escadaria, num canto do Luso, nos transportassem para um mundo paralelo – o nosso mundo. Esquecendo esse papo de second life, vamos lá.
A banda Cogumelos Podres foi à primeira atração da tarde. Com um punk rock cheio de energia e acordes ramônicos, o quarteto paripense proporcionou algo que há tempos não se via no subúrbio - o surgimento de novas bandas neste estilo. Sangue novo fazendo som. Músicas convidativas para o pogo e refrões que grudam na cabeça são a tônica deste grupo composto por três caras e uma mina. Como toda banda nova que se preze, alguns covers foram devidamente executados. Alguns agradaram a galera, outros não. Destaque para o vocal da jovem.
Segunda atração da tarde, assim como no som do dia anterior em Simões Filho, a M.D.C. é a responsável pela catástrofe que se iniciaria a partir daqueles instantes. Definitivamente, não tem como dizer que o ambiente é o mesmo quando os caras começam a tocar. Ainda bem que o público notou isso, o que gerou uma bela comunhão. No som do dia anterior, senti a falta do contrabaixo (tocam sem), já em Plataforma acho que isso propiciou uma qualidade ímpar. Rolou espaço para um cover do Hutt. Destaco a ótima sincronia dos vocais, além do intrigante magnetismo entre Caio e o chão (o que gera um trocadilho supimpa). Pensei em resenhar a banda apenas com um sem comentários, mas preferi escrever essas linhas e resumir: do caralho.
Segunda atração da tarde, assim como no som do dia anterior em Simões Filho, a M.D.C. é a responsável pela catástrofe que se iniciaria a partir daqueles instantes. Definitivamente, não tem como dizer que o ambiente é o mesmo quando os caras começam a tocar. Ainda bem que o público notou isso, o que gerou uma bela comunhão. No som do dia anterior, senti a falta do contrabaixo (tocam sem), já em Plataforma acho que isso propiciou uma qualidade ímpar. Rolou espaço para um cover do Hutt. Destaco a ótima sincronia dos vocais, além do intrigante magnetismo entre Caio e o chão (o que gera um trocadilho supimpa). Pensei em resenhar a banda apenas com um sem comentários, mas preferi escrever essas linhas e resumir: do caralho.
Enquanto o público se refazia da apresentação anterior, a Ironbound tinha a responsabilidade de dar continuidade ao ritmo intenso do festival. No início, sentiu-se um ligeiro cansaço do público, mas nada que bons riffs e refrões não resolvessem. O som começou meio embolado, mas foi logo sanado pela galera que dava apoio. Tocaram as músicas dos EPs, mais alguns sons que estarão no próximo trabalho, além de covers de Slayer, Metallica e Motorhead. A esta altura ninguém mais fazia referência à palavra cansaço, e o stage dive seguia como uma atração à parte. Se o Atlético de Alagoinhas jogasse futebol como a Ironbound faz thrash / crossover, a dupla BA x VI teria graves problemas no Baianão.
Tocando praticamente no quintal de casa, a Sbórnia Social foi a seguinte a passar seu recado. Devido os constantes ensaios realizados para o já gravado EP da banda; Rafael, Lenon e Marília estão com uma pegada cada vez mais entrosada ao vivo. Uma música atrás da outra, sem muita conversa. Sons como Desde o Início e Cultura de Massa são as pistas para o material que será lançado em breve. Tocaram os mesmos covers da noite anterior em Simões, porém, Couch Slouch do DRI causou certa histeria no público.
O clima era de fim de festa quando a Theóryca (ex-Base Zero) começou a tocar. O grupo adota a linha melódica com letras bem cantadas por Rodrigo e com refrões em coro, bem diferente da linha das outras atrações. Porém, as músicas quebradas não ajudaram a segurar o público, que a esta altura deixava o recinto, com exceção de uma meia dúzia que balançava os esqueletos e cantava junto. O show seguiu morno até o fim.
Fim do 1° Subúrbio Hardcore Attack, mais uma iniciativa produzida na cara e na coragem baseada na cooperação dos chegados. Parabéns ao público presente, as bandas envolvidas, e a banquinha Crust or Die (rangos, cd’s, lp’s...).
Fotos: Quem é Doido? Vídeos.
É bom demais ver que as coisas estão voltando a acontecer, que está havendo uma movimentação constante nos arredores de SSA, fora da zona "Mainstream"... Isso é prova de que querer é, sim, poder!!
ResponderExcluirUm evento para ficar na memória dos que lá estiveram, apoiáram e prestigiaram. O subúrbio está de parabéns, sobretudo o bando da Quem É Doido? - que com persistência e empenho fizeram acontecer! Parabéns ao pessoal do blog, muito bom mesmo!
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